terça-feira, 24 de setembro de 2013

Arrecadação federal atinge R$ 83,9 bi em agosto e bate recorde para o mês

O governo federal arrecadou R$ 83,956 bilhões em impostos e contribuições em agosto, valor recorde para o mês. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23) pela Receita Federal.O resultado representa crescimento real (descontada a inflação) de 2,68% em relação ao mesmo período de 2012.
No acumulado do ano, a arrecadação federal somou R$ 722,234 bilhões, alta de 0,79% na comparação com o mesmo período do ano passado, também descontada a inflação. Sem descontar a inflação, a arrecadação aumentou R$ 48,658 bilhões de janeiro a agosto deste ano em relação ao ano passado.Nesses oito meses, o governo deixou de arrecadar R$ 51,050 bilhões devido a cortes de tributos para tentar incentivar a economia.
Destaques
Em relação a agosto do ano passado, o destaque foi o crescimento de 10,33% no recolhimento do Imposto de Importação, favorecido pelo aumento na taxa média de câmbio e pelo aumento no valor em dólar das importações.A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) teve alta real de 9,05% no mês passado em comparação a agosto de 2012. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros teve alta real de 65% devido ao aumento gradual do tributo, após redução feita anteriormente pelo governo. Os demais tributos federais apresentaram desempenho fraco. O IPI total, o IOF, a Cide - Combustíveis e o COFINS tiveram resultados negativos ante de agosto passado.
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Grande parte do valor que o consumidor paga pelos produtos que compra corresponde a impostos. A seguir, vejam quais são os produtos que, no Brasil, têm mais tributos embutidos nos seus preços, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) Arte/UOL
Cortes de tributos tiram R$ 51 bi da arrecadação no ano

O governo deixou de arrecadar R$ 51,050 bilhões no acumulado de 2013 até agosto por conta de corte de tributos. No mesmo período de 2012, quando menos cortes estavam em vigor, essa quantia foi de R$ 29,712 bilhões.O maior impacto neste ano é do corte de tributos sobre a folha salarial, que representou R$ 9,756 bilhões a menos nos cofres do governo.Em seguida vem as diversas reduções no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com R$ 7,520 bilhões em abatimentos na arrecadação, e a Cide-Combustível, com R$ 7,5 bilhões. A redução de tributos incidentes em produtos da cesta básica, por sua vez, diminuiu em R$ 3,879 bilhões a arrecadação do governo entre janeiro e agosto de 2013. A Receita Federal também discriminou os impactos da redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Crédito Pessoa Física (menos R$ 2,396 bilhões na arrecadação) e da tributação sobre e Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que fez com que R$ 1,135 bilhão deixasse de ser arrecadado. Outras reduções de tributos não especificadas responderam por uma diminuição de R$ 18,864 bilhões na arrecadação do governo em 2013. Dinheiro do pré-sal vai compensar corte de impostos, diz ministro. As receitas do pré-sal compensarão a queda no ritmo de arrecadação de impostos, disse, em julho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o leilão do campo de Libra, o primeiro da camada pré-sal, renderá R$ 7,4 bilhões a mais que o previsto no início do ano. (Com Agência Brasil, Reuters e Valor)

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